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Sobre a Vocação:
“A dignidade sacerdotal é pois neste mundo a mais alta de todas as dignidades” (Sto. Ambrósio).

Sobre o Sacerdócio

A vocação sacerdotal é um mistério tremendo: não uma honra humana, mas um peso de eternidade colocado sobre ombros frágeis. Santo Afonso recorda que, segundo os Padres, o sacerdócio não pertence ao número das coisas terrestres, mas celestes — dignidade imensa, angélica, e quase divina. O padre é colocado entre Deus e os homens, inferior a Deus mas superior a qualquer poder terreno; é mediador, embaixador e ministro que fala e age in persona Christi. Honrar o sacerdote é honrar o próprio Cristo; desprezá-lo é ferir o Senhor.

O fim da vocação é um só: viver exclusivamente para as coisas de Deus. O sacerdote é escolhido entre os homens “para administrar em favor dos homens o que se refere a Deus” (Hb 5,1) . Ele é consagrado, ou seja, separado, apartado do mundo. Ele deve ser holocausto contínuo, consagrado totalmente, consumido no altar junto com o sacrifício que oferece. Seu ministério é louvar a Deus, santificar as almas e ser, no meio dos homens, como um anjo visível que ilumina, a guia e purifica.

Assim, segundo a fórmula de Santo Afonso, o sacerdote é ao mesmo tempo mediador e sacrifício, glória de Deus e esperança dos pecadores. Sua vocação é alta como o Céu, mas seu perigo é profundo como o inferno; e só na santidade contínua encontrará a fidelidade ao chamado que recebeu.

O Seminário São Luís Maria Grignion de Montfort

O Seminário São Luís Maria Grignion de Montfort abriu suas portas em setembro de 2015, dirigido por S.E.R. Dom Jean-Michel Faure.

O seminário pretende continuar a obra de Dom Marcel Lefebvre, isto é, a formação de sacerdotes fiéis à Tradição Católica, o que implica necessariamente a rejeição das reformas liberais e neomodernistas oriundas do Concílio Vaticano II. A ocasião da criação do seminário foi o enfraquecimento doutrinal e as concessões “em etapas” da Fraternidade São Pio X, em busca de um acordo com a Roma “de tendência neomodernista e neoprotetante” (Declaração de 21 de novembro de 1974). Pretendemos manter a linha doutrinal de Dom Lefebvre, bem como continuar a “Operação Sobrevivência” do sacerdócio e dos sacramentos católicos.

O seminário, fundado em 2015, estabeleceu-se inicialmente em Avrillé (Maine-et-Loire), numa casa alugada a alguns minutos do convento da Fraternidade São Domingos. O ensino é, desde o início, essencialmente ministrado pelos padres dominicanos.

Após vários anos de buscas, o Seminário pôde finalmente adquirir uma propriedade adequada, em Morannes-sur-Sarthe.

A S.A.J.M. (Sociedade dos Apóstolos de Jesus e Maria)

Decreto de fundação da “Sociedade Sacerdotal dos Apóstolos de Jesus e Maria”

Considerando a gravíssima crise causada à Igreja pelo Concílio Vaticano II, as reformas que o seguiram e o estado de necessidade daí decorrente;

considerando a necessidade urgente, nestes tempos de apostasia, de padres formados na Tradição da Igreja que consagrem sua vida à restauração do Reino de Cristo, combatendo sem trégua contra o liberalismo e o modernismo que atualmente prevalecem entre os católicos;

considerando a traição das autoridades atuais da Fraternidade São Pio X ao espírito e à obra de Monsenhor Marcel Lefebvre:

Nós, Christian Jean-Michel Faure, Bispo da Igreja Católica, em Nome Santo de Deus invocado, decretamos o que segue:

É erigida a Sociedade Sacerdotal dos Apóstolos de Jesus e Maria, sob o título de “Sociedade clerical de vida comum”, nos termos do Cânon 673 do Código de Direito Canônico (1917).

A sede da Sociedade é fixada na rua Chemin de la Petite Garde, nº 1, 49240 Avrillé, França.

Aprovamos e confirmamos os estatutos da Sociedade.

Imploramos as bênçãos divinas sobre esta Sociedade para que ela atinja seu fim principal, que é a formação de santos Padres.

Feito em Avrillé, em 22 de agosto de 2016, na festa do Coração Imaculado de Maria.

✠ Christian Jean-Michel Faure

Bispo da Igreja Católica

A fidelidade à Tradição Católica!

Dom Zendejas na ordenação do Padre Eymeric Blanchet SAJM (30 de junho de 2023)

Dom Gerardo Zendejas (n. 1963) formou-se no seminário da FSSPX em La Reja e foi ordenado sacerdote em 1988 por Dom Alfonso de Galarreta, após receber o subdiaconato de Dom Marcel Lefebvre e o diaconato de Dom Antônio de Castro Mayer. Atuou primeiro na Colômbia, onde foi prior em Bogotá e fundou uma escola para crianças carentes, e depois no México e nos Estados Unidos, destacando-se em Ridgefield (Connecticut) e Dickinson (Texas), sempre ligado à formação de escolas e retiros espirituais.

Em 2014 uniu-se a Dom Richard Williamson e, em 2017, foi sagrado bispo por ele e por Dom Tomás de Aquino. 

Dom Faure na ordenação do Padre Eymeric Blanchet SAJM (30 de junho de 2023)

Dom Jean-Michel Faure (n. 1941) é um dos principais nomes do tradicionalismo católico. Ordenado em 1977 pela Fraternidade São Pio X, destacou-se pela fidelidade à Tradição e oposição às reformas do Vaticano II. Em 1986, durante uma visita a Ecône, Dom Marcel Lefebvre chegou a lhe perguntar diretamente se aceitaria ser sagrado bispo.

Em 2012, uniu-se a Dom Richard Williamson e fundou a Sociedade Sacerdotal dos Apóstolos de Jesus e Maria (SAJM), dedicada à preservação da Missa Tridentina e à resistência contra o modernismo. Em 2015, recebeu de Williamson a sagração episcopal,  necessária para garantir a continuidade da verdadeira fé.

Dom Tomás na ordenação do Padre Paul Renoult SAJM (24 de maio de 2025)

Dom Tomás de Aquino (Miguel Ferreira da Costa, n. 1954) é prior do Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo (RJ), e uma das principais figuras do tradicionalismo católico no Brasil. Formado por Dom Gérard Calvet no Mosteiro de Le Barroux (França), foi ordenado sacerdote por Dom Marcel Lefebvre em 1980 e, em 1987, fundou o Mosteiro da Santa Cruz, com apoio também de Dom Antônio de Castro Mayer.

Em 2016, foi sagrado bispo por Dom Richard Williamson e Dom Jean-Michel Faure, o que foi necessário para assegurar a continuidade da Tradição. 

A Vida Sacerdotal

A vida do seminarista está inteiramente centrada no altar e no Santo Sacrifício da Missa, fonte e alma da vocação sacerdotal. Toda a oração e os exercícios de piedade se orientam para esse mistério, com o dia ritmado por momentos de oração comunitária: Prima, oração mental e Missa pela manhã; Sexta ao meio-dia; Completas à noite; além do terço diário e, aos domingos, as Vésperas. Nas sextas-feiras, o terço é substituído pela Via-Sacra, e há ainda dias mensais de recolhimento para renovar a vida interior.

O seminário tem como finalidade formar sacerdotes profundamente enraizados na fé, capazes de resistir às crises da Igreja. O estudo filosófico e teológico é exigente e deve ser assimilado não apenas de modo teórico, mas como amor vivo à Sabedoria encarnada. As aulas são ministradas principalmente pelos dominicanos de Avrillé e complementadas pelo estudo pessoal dos seminaristas, apoiados pela biblioteca.

A vida comunitária é também formativa: pela participação em tarefas comuns e responsabilidades fixas, os seminaristas aprendem as virtudes de humildade e obediência, essenciais ao apostolado. A vida no seminário é equilibrada com momentos de recreação diária, saídas semanais e atividades comunitárias mais extensas a cada trimestre. Há ainda três períodos de férias anuais — no Natal, na Páscoa e no verão —, durante os quais se realiza também algum trabalho apostólico junto de padres ou obras amigas.

Assim, oração, estudo, trabalho e vida comunitária se integram para formar sacerdotes firmes na Tradição, prontos a consagrar toda a sua vida ao serviço de Deus e das almas.

Como chegar?

Sacerdote segundo a Ordem de Melquisedeque Ser padre é viver unido ao Sacrifício de Cristo, mediador entre Deus e os homens, carregando em si a eternidade de um dom irrevogável.

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