TradTalk, o canal tradicional.

Saudação da Ordem:
“Causa nostrae laetitiae, ora pro nobis”

Sobre os Marianos

A Família Beatae Mariae Virginis surgiu em Salvador em 1969, quando um professor e alguns alunos, desejosos de aprofundar a doutrina católica, formaram um pequeno grupo de estudo e oração que logo evoluiu para a vida comum. Após breve período de instabilidade, estabeleceram-se em 1974 na zona rural de Candeias, onde permanecem até hoje. Assumindo vida monástica simples, trabalho agrícola e oração em comum, seus membros professam os conselhos evangélicos e um voto particular de Estabilidade, entendido como adesão integral à fé católica em todas as consequências do agir e do pensar. Diante da reforma litúrgica pós-conciliar, adotaram inicialmente o Novus Ordo por desconhecimento da gravidade envolvida, o que levou ao enfraquecimento do grupo; porém, em 1997, ao retomarem a Missa tradicional e integrarem-se ao movimento tradicionalista, a comunidade se reestruturou. Mantêm intenso ritmo de oração — Breviário completo, Missa tridentina e Rosário diário — e, apesar da vocação contemplativa, acolhem numerosos fiéis, promovendo confissões, catequese e a construção de capela própria. A regra foi elaborada posteriormente e, submetida aos bispos da Fraternidade São Pio X, recebeu parecer favorável quanto à doutrina e aos costumes. Para ingresso, exigem fé firme, saúde adequada e idade inferior a vinte e um anos, com etapas progressivas de formação até os votos perpétuos.

O Mosteiro Nossa Senhora da Fé e do Rosário (FBMV)

Após diversas peripécias, o pequeno grupo se estabeleceu na zona rural da cidade de Candeias (região metropolitana de Salvador, a 40 km desta capital), em 1974, onde até hoje se encontra. A F.B.M.V. conta hoje com 8 membros, dos quais 8 têm votos perpétuos, inclusive 3 sacerdotes.

Os membros dessa comunidade assumem a prática comum dos conselhos evangélicos de Obediência, Pobreza e Castidade, fazendo além disso um voto de Estabilidade; esse voto é uma peculiaridade da F.B.M.V. Não se trata do voto de Estabilidade da Ordem Beneditina. Por Estabilidade se entende uma firme adesão da inteligência à Fé Católica e a todas as suas conseqüências individuais e sociais, em todos os aspectos do ser, do pensar e do agir humano. Para realizar esse ideal, a F.B.M.V. se configura como uma comunidade de vida monástica, vivendo afastada da cidade e dedicando-se a trabalhos agrícolas, ao estudo e à oração.

O Fundador: Padre Jahir Britto

Padre Jahir Britto de Souza nasceu em Salvador e formou-se sacerdote num período em que a Igreja no Brasil atravessava rápidas transformações após o Concílio Vaticano II. Em 1969, movido pelo desejo de preservar a integridade da fé diante do ambiente de incerteza doutrinária, reuniu um professor e alguns jovens católicos empenhados no estudo e na oração, dando origem à Família Beatae Mariae Virginis. A comunidade, inicialmente um pequeno círculo de aprofundamento catequético, logo evoluiu para a vida comum e, após breve instabilidade, fixou-se definitivamente em 1974 na zona rural de Candeias. Ali, sob sua orientação, estruturou-se uma forma de vida monástica simples, marcada pelo trabalho agrícola, pela oração comunitária e por um voto particular de Estabilidade — entendido como adesão firme e tranquila à fé católica em todas as suas consequências pessoais e sociais. Nos anos seguintes, o impacto da reforma litúrgica levou o grupo a adotar temporariamente o Novus Ordo, o que contribuiu para o enfraquecimento da comunidade.

Porém, em 1997, ao recuperar a Missa tradicional e aproximar-se do movimento tradicionalista mundial, o padre Jahir conduziu os Marianos a uma reorganização profunda. A vida espiritual passou a girar em torno do Breviário romano rezado integralmente em comum, da celebração diária da Missa tridentina e do Rosário, que ele defendia como expressão vital da ligação da comunidade com a Virgem Maria. Sua teologia mariana, centrada no papel único da Mãe de Deus na união inseparável entre humanidade e divindade em Cristo, guiou toda a espiritualidade da F.B.M.V., da devoção ao apostolado discreto que acolhe fiéis em busca de orientação, confissão e catequese.

Quando, após sua adesão ao movimento tradicionalista, submeteu as Regras da comunidade ao exame dos bispos da Fraternidade São Pio X, estas foram aprovadas sem reservas quanto à doutrina, e D. Tissier de Mallerais destacou sua pertinência para o tempo presente. A vida e a missão do padre Jahir permanecem ligadas à convicção de que, por meio da Estabilidade e da intercessão da Virgem, a fé pode ser preservada e transmitida mesmo em épocas de confusão, fazendo de sua comunidade um pequeno sinal de continuidade no coração da Igreja.

A fidelidade à Tradição Católica!

Ordenação dos Padres Alberto e Lourenço por S.E.R. D. Tomás de Aquino

Visita de S.E.R. Dom Richard Nelson Williamson à Comunidade da Bahia

Visita de S.E.R. D. Fellay em 2010

A Vida Mariana

Para se tornar um religioso Mariano.

Como para toda comunidade religiosa, é necessário demonstrar saúde física e mental suficientes. Além disso consideramos de importância que o candidato tenha para com a Santa Igreja uma Fé firme e tranquila, com especial acatamento ao Primado Romano de Pedro. Também o candidato não deve ser oriundo de outro instituto religioso, ou de qualquer outra forma de vida consagrada em comum.

Não deve ter mais de vinte e um anos, ou com autorização especial, até vinte e cinco anos.

Os estágios na admissão e formação dos Marianos são os seguintes:

– Aspirante: 6 meses.

– Postulante: 1 a 2 anos.

– Noviciado: 2 anos.

– Primeiros votos temporários: 3 anos.

– Segundos votos temporários: 3 anos.

Enfim, ele deve demonstrar sincera disposição para dedicar-se à vida de piedade, e especial pendor para cultivar as virtudes da Fé, da Humildade e da Obediência. Causa nostrae laetitiae, ora pro nobis (saudação utilizada entre nossos religiosos, e mesmo entre nossos fiéis).

No início, a comunidade viveu sem uma regra formal, que só seria elaborada anos mais tarde. Deliberadamente, não se buscou aprovação oficial, para evitar compromissos com a hierarquia conciliar. Posteriormente, ao integrar-se ao movimento tradicionalista, as Regras foram submetidas ao exame dos bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Após algumas adaptações, foi declarado que nada nelas contrariava a Fé ou os bons costumes. Dom Tissier de Mallerais chegou a afirmar que se tratava de um texto particularmente bem ajustado às necessidades do tempo presente.

Como chegar?

Viver recolhidos na fé íntegra e na oração comum: a vocação dos Marianos nasce do desejo de aderir plenamente à tradição da Igreja, unindo vida monástica simples, trabalho rústico e fidelidade incondicional à liturgia de sempre. É um caminho de estabilidade interior, moldado pelo Breviário rezado em conjunto, pela Missa tridentina ao romper do dia e pelo Rosário diário que sustenta cada passo. Na solidão das colinas de Candeias, essa vida discreta se torna testemunho sereno de que a fidelidade, quando vivida até o fim, ainda pode gerar frutos para a Igreja e para as almas que procuram refúgio em tempos de confusão.

Site realizado por Imperium