A partir de 1986 entregou a direção da comunidade a um jovem sacerdote ordenado por Dom Lefebvre. Enfraquecido pela idade, faleceu em 1990. Permanece a imagem de um missionário incansável, pregador da fé católica em sua integridade: a existência de Deus, o pecado original, a vida virtuosa, a oração, a Eucaristia e a santidade do sacerdócio. Sua vida foi, por si só, uma pregação: um testemunho de fidelidade inquebrantável ao Evangelho, proclamando contra toda mundanidade o “dinamismo do amor de Jesus Cristo”.
Pe. Eugène de Villeurbanne se encontra com Dom Marcel Lefebvre
Muito próximo de Dom Lefebvre, pediu-lhe que formasse e ordenasse seus futuros padres. Assim, o arcebispo conferiu o sacerdócio a quatro deles entre 1982 e 1986, após tê-los formado em Écône. Dedicado à oração, afastado do mundo, irradiando caridade, o Padre Eugène preocupou-se, até sua morte em 1990, em perpetuar o espírito do Pobrezinho de Assis, durante o árido período do aggiornamento, em que alguns clérigos, corroídos pelo ativismo e pelo desprezo de toda a tradição, haviam transformado o campo religioso em espaço de ação política e viam no próximo um inimigo extremista a desprezar e combater.
Dom Marcel Lefebvre se encontra com Padre Pio, OFM Cap. (27 de março de 1967, San Giovanni Rotondo)
Em 1967, Dom Marcel Lefebvre encontrou Padre Pio em San Giovanni Rotondo e pediu sua bênção, mas o capuchinho respondeu que era Lefebvre quem devia abençoá-lo. Apesar de trajetórias diferentes, ambos sofreram perseguições dentro da própria Igreja: Padre Pio por invejas pessoais, aceitando-as com obediência; Lefebvre por defender a Missa tradicional e recusar os erros do Concílio, resistindo por fidelidade à fé. Unidos pela mesma visão do Santo Sacrifício, testemunharam o papel central do sacerdote na obra da Redenção.